21 de out. de 2009
Antropologia da Pesca - "Falas" típicas da Z3
Artesanato - Colar de escamas - Atelier Pescadora Artesanato
Antropologia da Pesca - Provamos que pescador não é mentiroso
7 de out. de 2009
10 de ago. de 2009
Museu - Foto Histórica
Futuras Atividades
Cronograma de potenciais atividades do Ecomuseu da Colônia Z3 – 2° Semestre 2009
Setembro - Dezembro
a) Reuniões e encontros para definição de espaço temporário para implantação do Espaço de Memória - Museu da Colônia de Pescadores Z3;
b) Planejamento de um evento focado no pescador profissional artesanal;
c) Planejamento de um Curso de Turismo Receptivo e Educação Patrimonial para a Colônia Z3;
d) Planejamento de livreto com aspectos relacionados a memória social local;
e) Confecção de artigo para publicação sobre o projeto; PUBLICADO
g) Cadastro do projeto no sistema estadual de museus.
11 de abr. de 2009
3 de abr. de 2009
Apoiadores - Cooperativa dos Pescadores Profissionais Artesanais "Lagoa Viva"
Literatura - Poema de Pedro João Constantino
Na praia bonita onde vamo pescar
Tenho certeza que você gostaria
Das nossas cabanas, dos serviços de lá
Temo chefe que é bom camarada
E a turma unida para brincar
O nosso samba bem ritmado
E também entoado com o barulho do mar
Ai quanta saudade...
A jangadinha anda no mar se dirijando
O remador com força vai remando
No verde mar que não tem fim
Lá na Z3 é assim.
Autor: Pedro João Constantino
Museu - Foto histórica
Apoiadores - Costa Doce Turismo
Folders - Roteiro Turístico Caminhos do Pescador Artesanal (frente)
1.Peixarias – Aqui se pode visualizar o cotidiano das trocas e transações econômicas locais, baseadas na tradição da cultura da pesca, são vendidas as mais variadas espécies de peixe e frutos do mar como tainhas, bagres, linguados, camarões e siris.
2.Carpintaria Naval Artesanal – Local onde são construídas as embarcações dos pescadores. Interessante é que esse tipo de atividade já esta se tornando rara em função da aparição de indústrias voltadas especialmente para esse trabalho. Na Z-3 essa atividade é uma riqueza cultural passada de pai para filho.
3.Artesanato – Na Colônia Z-3 a herança cultural de várias raças se faz presente em seu artesanato a qual faz referência a pesca, a praia e ao cotidiano singular do pescador, destacando sua autenticidade através da criação de objetos como barquinhos de madeira, pequenas redes de pesca para enfeitar, porta-retrato, brincos, vestuário, entre outros.
4.Divinéia – A “Divinéia” é um pequeno ancoradouro-baia, cuja função é proteger os barcos de ventos e tempestades, servindo também como ponto de encontro, onde pescadores trocam informações de acontecimentos e novidades ligadas à pesca. Seus molhes reservam momentos inesquecíveis, como aquela brisa inconfundível batendo no rosto de quem anda por lá a cada fim de tarde.
5.Aves Costeiras – Não há como definir o brilho nos olhos de quem tenta se aproximar dos pássaros que voam sobre os barcos, trapiches, balizas e molhes. São maçaricos da praia, mariquitas, andorinhas do mar, garças, gaivotas, biguás. Parece que todos querem sentir o prazer de tocá-las ou apenas registra uma foto.
6. Praça Olegário Costa - No local conhecido na Colônia Z3 como "Pracinha" encontramos bancos, arvores e marcos históricos envoltos com desenhos feitos por crianças da escola Rafhael Brusque. São desenhos de peixinhos. É nesse local que durante o roteiro apresentamos o histórico da Colônia Z3, já que Olegário Costa, juntamente com sua esposa Adelaide Costa foram os primeiros moradores locais.
7.Figueira Sagrada – Localizada no centro da Z-3, na rua Inácio Motta. Junto a essa figueira foram realizadas as primeiras missas e batizados antes da construção do Santuário de Nossa Senhora dos Navegantes.
8.Música Popular - Um dos principais atrativos deste roteiro é a apresentação de músicos locais. Suas musicas falam e expressam aspectos referentes à identidade cultural e a relação do pescador com o meio ambiente.
9.A Praia do Junquinho – A pequena e rústica placa colocada no final da rua Inácio Motta, indica o caminho a ser seguido para se chegar nesse recanto tão especial, conhecido na Z-3 como Praia do Junquinho. Um local ideal para quem deseja repousar, pesquisar, se banhar, beber um chimarrão (bebida típica do Rio Grande do Sul), namorar, curtir o charme da culinária, pescar ou refletir um pouco.
10.Resquícios de Mata Atlântica – A porção de Mata Atlântica registrada na Z-3 possui trilhas ecológicas tradicionais com as mais variadas espécies de fauna e da flora silvestre brasileira: são aves como a pomba-do-mato, o Canário-da-terra, o sabiá-laranjeira, o socó-dorminhoco; e mamíferos como o cachorro-do-mato (sorro), o tatu e o gato-do-mato (animal em extinção).
11.Santuário de Nossa Senhora dos Navegantes – Quem visita a Colônia –Z3 não pode deixar de contemplar um de seus mais belos cartões postais, o Santuário de Nossa Senhora dos Navegantes. Sua construção de arquitetura com influência claramente açoriana, data do início dos anos 60, construída da contribuição dos pescadores quando havia boas safras de pescado. Em seu interior encontram-se belíssimas peças sacras feitas em gesso.
12.Culinária Típica (Opcional) – Parada para o almoço realizado mediante agendamento, onde podem ser saboreados os mais diversos pratos da culinária zetrezense, como deliciosos bolinhos de peixe, filés de peixe a milanesa, moquecas, risoles, pastéis, saladas, entre outros a base de pescados locais.
13. Conversa com pescador - Este é um dos momentos mais emocionantes deste roteiro, onde os pescadores contam histórias e estórias, causos (relatos) de lendas e de experiências vividas.
14.Passeio de barco (Opcional) – Passeio de barco pela lagoa dos patos, saindo da Colônia Z3. Durante esse passeio os guias tradicionais (pescadores e motoristas de barco) falam sobre a Colônia Z3 e da relação dos pescadores com a Lagoa dos Patos, entre outros aspectos. Também, em alguns momentos observam-se peixes como tainhas pulando, e aves como gaivotas, biguás marrecos e frangos próximo ao barco, o que traz um tom mais que especial para o passeio.
Autores: Cecilia Piccinini Silveira e Michel Constantino Figueira
Contatos:
Costa Doce Turismo: (53) 30277070; (53) 99811624; (53) 81284272
Email: ecomuseudacoloniaz3@hotmail.com
Publicações - Pesca Artesanal e Pluriatividade: o caso da Colônia Z3 em Pelotas, RS
Museu - Objeto adquirido - Livro de Registros da 1ª Cooperativa da Colônia Z3
Patrocinadores - Lojas Krause
Apoiadores - Capa (Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor)
Literatura - Livro "Barbiele" de Laura de Oliveira Matheus
2 de abr. de 2009
Publicações - Interpretação Mercadológica Turística com base no Patrimônio Cultural da Zona de Pesca 3 (Colônia Z3) no Município de Pelotas - RS
1 de abr. de 2009
Telefones úteis na Colônia Z3
Apoiadores - Sindicato dos Pescadores de Pelotas
Agradecemos a mais importante das instituições representativas dos pescadores de Pelotas pelo grande apoio prestado ao projeto Ecomuseu da Colônia Z3. Obrigado ao Presidente Nilmar Conceição e equipe pela excelente recepção de um projeto em benefício de todo o 2° Distrito.
Contatos: (53) 3226011
Patrocinadores - Armazém Santos
Patrocinadores - Padaria Colosso
Patrocinadores - Livraria Vanguarda
Patrocinadores - Eletrônica Gênesis
Patrocinadores - Farmácia Danipã
Patrocinadores - Delicias da Dete
31 de mar. de 2009
Exposições - 78ª Festa de Nossa Senhora dos Navegantes - 2009
Paisagem - Video da bela Lagoa dos Patos
Video de paisagens da Lagoa dos Patos feito por Charles Constantino da Silva, morador da Colônia de Pescadores Z3.
Contatos: (53) 32260448
Visita de Parceiros Institucionais - Maurizio Quagliuolo - Herity / Roma
Equipe 2001-2009 - Visita de Maurizio Quagliuolo
30 de mar. de 2009
Exposições - Exposição de Lançamento Oficial
28 de mar. de 2009
Folclore - Lendas - O Lobisomen Pescador
Michel Constantino Figueira (Turismólogo)
Giuliano Macuglia Oyarzabal (Turismólogo)
Certa vez um grupo de pescadores da Colônia Z3,saiu para a Lagoa dos Patos, como faziam diariamente, e a programação era passar um dia pescando parando para dormir na beira de um local conhecido como Lagoa Funda. Após deixar as redes na lagoa... Pedrinho, Geraldão, Rock e Luano, cujo apelido era demo... chegaram ao local previsto para passar à noite. Amarraram os barcos e foram montar as barracas, fazer alguma comida, arrumar as tralhas de pescaria e tudo mais. Como era noite de lua cheia, o clima já não era dos mais animados, sabe como é, noite de lua cheia, lobisomem, mulher de branco, essas coisas.
Iiiii!!! Lua cheia é sinal de lambisome, Pedrinho...
Óia Geraldão, eu trabaiei na Lagoa Funda toda vida e só ouvi o barulho das coruja e dos grilo até hoje. Te aqueta homi, tas com medo?
Não sei , não sei...que patarata existe existe...esse Luano ai mesmo, é conhecido como demo...não tem mais do que ser feio...o homi parece que tah sempre chupando limão...
Enquanto isso Rock fazia uma caipira de laranja, para esquentar, e procurava na caixa da bóia, algo para preparar o jantar...e todos jogavam conversa fora. Mas havia um deles que tinha o olhar perdido no céu noturno...olhando para a lua com um olhar perdido e um tanto apreensivo...
Luano, esse realmente era o nome dele...parece história de pescador...mas esse era o nome...muitos não o conheceram pessoalmente, mas dizem que era tão feio que se alguém encontrasse com ele à noite, a corrida de medo era certa. Diziam que o apelido dele era demo, por que o coitado era muito feio e estranho...fechado...de fala pouca...morava sozinho numa casinha na rua da praia na Z3...ninguém sabe da onde veio...uns diziam que era da Sarangonha, outros da Varzea ...outros do Norte, tinha láh seus 35 anos, era o que ele dizia...
O fato é que o tal era o sétimo filho de um casal que tinha até então seis filhos homens e ele era o primeiro filho homem. Dizem por lá pela Z3 que quando isso acontece o primeiro filho é lobisomem.
Rock: Seu Pedrinho, Geraldão...Demo...a bóia tah pronta. Vamo cume que as laranja acabaro...e não tem mais canha...
Enquanto isso Luano, vinha de cabeça baixa e sentou-se próximo à barraca comendo em silêncio, enquanto os outros olhavam-se com um ar desconfiado. Os homens sempre tiveram um certo pé atrás com Luano, diziam que ele era mesmo lobisomem, que ele tinha um jeito estranho, um sujeito de se desconfiar mesmo.
Seu Pedrinho: Bom guris vô durmi...depois tu apaga o liquinho Geraldão...Luano vai durmi homi...
Luano apenas consentiu com a cabeça e entrou na barraca ficando de olhos abertos por longo tempo...
Roque lavou a louça na beira da lagoa... e após deitou-se na barraca e adormeceu
Isso já era umas onze e meia da noite...quando Geraldão, o mais desconfiado dos pescadores...conseguiu adormecer depois de ficar longo tempo observando Luano...
Seria um silêncio total, se não fossem o barulho do vento nas árvores e das águas da Lagoa batendo contra o bote dos pescadores.
De repente...Luano sai correndo barraca à fora...em direção ao mato, gritando sem parar...desesperado...
Com a atitude do companheiro, os outros acordam-se e ficam apavorados com o acontecido...saindo atrás de Luano...
Geraldão: Ô demo, volta aqui homi...que isso, tais loco?
Luano: Fiquem aí !!! Não venham atrás de mim... me deixem em paz...tenho que faze uma coisa...me deixem em paz...
Rock observou que em seu relógio estava marcado Meia – noite e cinco minutos.
E lá se foi Luano mato à dentro como um louco fugindo do hospício...enquanto os outros reacenderam o liquinho e ficaram na barraca apreensivos e apavorados...
De repente os pescadores escutaram uma gritaria estranha que mais parecia cachorro brigando, uma mistura de gritos e uivos:
Aúúúúúúúúúu!!!! Grrrrrrrrrr!!! Roarrrrrrrrrrrrr!!!
Os cachorros “Bigode” e ”Camarão” que costumavam acompanhar os pescadores meteram-se barraca à dentro, apavorados, e quem dizia que os bichos sairiam da barraca o resto da noite?
Geraldão: Viu seu pedrinho?! Viu?! O bigode e o camarão tão cagado de medo...se os cachorro tão com medo...é lambisomi mesmo...eu já sabia..eu já sabia
Rock: Esse ai...eu sempre desonfiei também, mas nunca quis fala nada..o bicho é estranho
Seu pedrinho: Pois é!! Pois é!!!
Rock: O demo que se vire...
Os gritos e uivos acabaram e quando tudo parecia ter acabado eles notaram a presença de um cachorro grande e estranho ao redor da barraca..nunca haviam visto tal cachorro por aquelas bandas. Na tentativa de espanta-lo, Geraldão atirou-lhe uma pedra, que acabou acertando a cara do bicho...o qual fugiu em disparada...
Ninguém falou mais nada sobre aquilo... depois de um certo tempo, os pescadores foram dormir, pois estavam cansados e precisavam descansar, pois tinham que levantar-se às 4h da madrugada...para recolher as redes...e já era uma da manhã...
Eram 4h quando despertou o relógio de Rock, fazendo com que os outros dois também acordassem...
Seu Pedrinho, o primeiro a sair da barraca, encontrou Luano do lado de fora dormindo no chão, todo “lanhado”, e achou melhor não acordá-lo e nem mesmo indaga-lo sobre o que havia acontecido.
É melhor não mexer com quem tah quieto, pensou.
Os outros saíram da barraca e também tiveram a mesma atitude.
Após organizar todas as coisas...acabaram por acordar Luano.
Seu Pedrinho: Luano, oh Luano..acorda homi...temo que tira as rede...
Luano levantou-se devagar e caminhou mancando em direção ao bote...mas quando chegou no bote os outros pescadores puderam observar que ele tinha um corte profundo na testa e parecia não sentir dor.. todos se olharam novamente e seguiram em direção ao local onde haviam deixado as redes no dia anterior...Outra vez, ninguém disse uma só palavra até o retorno à Colônia Z3, onde venderam o peixe numa peixaria... e é claro Seu Pedrinho, Geraldão e Rock...sairam contando o que aconteceu pra todo mundo...pra todo mundo mesmo...
No dia seguinte Luano desapareceu...e nunca mais foi visto...e até hoje dizem que se lobisomem existe Luano era um...
Geraldão contando a história prum grupo de pescadores: Que lambisôme existe...existe ..e o demo era um...o bicho era feio...mah era feio...